A cantora britânica Adele, conhecida mundialmente por suas músicas emocionantes e sucesso internacional, enfrenta uma decisão inédita da justiça brasileira. A faixa “Million Years Ago”, do álbum 25, lançado em 2015, foi acusada de plagiar o samba “Mulheres”, composto por Toninho Geraes e eternizado na voz de Martinho da Vila. A disputa, que começou em 2021, teve sua decisão final três anos depois, determinando que a música de Adele deve ser retirada das rádios e plataformas comerciais no Brasil.
De acordo com o processo, as semelhanças entre as melodias e progressões harmônicas de ambas as canções não foram consideradas mera coincidência. O compositor Toninho Geraes defendeu seus direitos autorais, argumentando que a obra de Adele teria usado elementos de sua música sem a devida autorização. A justiça brasileira, após uma análise técnica e jurídica, concordou com a acusação, tornando essa decisão um marco importante na proteção dos direitos autorais no país.
Esse caso não só coloca em evidência a valorização da música brasileira no cenário internacional, mas também levanta um debate importante sobre os limites entre inspiração e plágio. Até onde uma obra pode se assemelhar a outra sem infringir direitos? A decisão traz um alerta para artistas globais e reforça a importância do registro de obras e da proteção de compositores e criadores.
Com essa resolução, a música “Million Years Ago” deve deixar de ser executada no Brasil, um país onde Martinho da Vila e Toninho Geraes são referências de cultura e música popular. A situação reacende o orgulho nacional pela defesa de seus artistas e, ao mesmo tempo, promove uma reflexão necessária sobre ética e originalidade na indústria da música.